segunda-feira, setembro 13, 2010

Bienal de São Paulo completa 60 anos e trás escultura de Michael Jackson e Bubbles

A festa dos 60 anos da Bienal de São Paulo, em 2011, irá contar com alguns dos artistas estelares da produção contemporânea, como o inglês Damien Hirst e os norte-americanos Jeff Koons e Matthew Barney. Obras de relevância dos dois artistas virão alocadas entre 800 caixas em cerca de 30 contêineres, que irão se dispersar em 13 mil m² de exposição no pavilhão da Bienal, a partir do acervo do museu Astrup Fearnley, de Oslo, na Noruega.

A mostra irá ocorrer entre outubro e dezembro de 2011, período que seria ocupado pela 9ª Bienal de Arquitetura. A exposição foi aprovada pelo Conselho da Fundação há duas semanas.

"Buscamos um museu que tivesse uma ótima coleção de arte contemporânea pois a vocação da Bienal é apresentar o que acontece hoje. Essa é uma das melhores do mundo", afirmou Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal, em Oslo.

"Há três meses estamos tentando falar com Heitor, mas fomos informados apenas por carta de que perdemos o espaço. Acho um desrespeito, mas vamos fazer a Bienal mesmo assim", diz Rosana Ferrari, presidente da seção paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil.

A instituição é a responsável pela realização dessa bienal, que tem como curador de sua 9ª edição Valter Caldana, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie.

"É preciso que a Bienal de São Paulo não seja um evento isolado, mas que sempre ocorra algo no pavilhão, mantendo o educativo e outros setores ativos. A comemoração dos 60 anos já entra nesse espírito", diz Elizabeth Machado, presidente do Conselho da Bienal.

O acervo do Astrup Fearnley contém cerca de 500 obras do empresário norueguês Hans Rasmus Astrup, o oitavo colecionador mais importante de qualquer gênero, entre os 200 listados pela revista "Artreview".

Foi ele quem levou Koons a alcançar um recorde histórico como o artista vivo com a obra mais cara vendida em leilão, em 2001. Ele pagou US$ 5,6 milhões (cerca de R$ 9,6 milhões) por "Michael Jackson and Bubbles", que estava cotada no catálogo por US$ 250 mil (R$ 430 mil).

Nos 60 anos da Bienal, o grande destaque serão os astros do mercado.

Fonte: Folha.com

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